OBRA SOBRE PAPÉIS

O ecletismo de formatos e médiuns utilizados por Julio Villani só acentua o fato de que suas obras mantêm relações estreitas entre si. Uma mesma linha, única, os percorre. Traçada a carvão sobre a tela, costurada em lençóis antigos (“desenhos bordados”, diz o artista), retesada por um prumo ou atravessando o espaço quando se transforma em escultura, ela atravessa a totalidade da obra.

A cor às vezes se mistura a linha, às vezes a exclui do plano. Juntas, elas tornam as fronteiras instáveis, põem a criação em movimento, abrem caminho para superposições poéticas.

O papel é seu laboratório principal.

Quer seja escolhido por sua cor (Ingres) ou por seu corpo (Fabriano), por sua transparência (o chinês Fanxuan, o Washi japonês) ou pela aspereza da sua superfície (papel italiano reciclado, pardo e rude), muitas vezes ele é trabalhado em várias folhas justapostas.

Traçada em grafite, articulada em torno de nós, a linha aqui constrói aqui estruturas frágeis e instáveis: puxe-se um fio e o edifício desaba. Obtida pelo corte da tesoura, trabalhada em sobreposições monocromáticas, cria acolá construções etéreas.

E de vez em quando foge do plano, vai erguer os dois lados da folha que a acolhe, formando uma obra sorridente e graciosa, que hesita entre o volume e o plano, entre o desenho e a escultura; um “entre-dois” consubstancial ao trabalho de Villani.

LARGO DO SAPO | Papel e óleo sobre papel Ingres | 43 x 64 cm | 2006

GALOPERA 2 | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 48 x 63 cm | 2016

MATINEE | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres| 31,7 x 24 cm | 2013

ESPINOSA | Papel, grafite e acrílica sobre papel Ingres | 87 x 82,5 cm | 2015

PING PONG | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2013

JARDIM | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 24,5 x 45,5 cm | 2012

SEM TÍTULO | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2013

TENSÃO | Papel, fio | 2012

TENSÃO | Papel e fio | 43 x 64 cm | 2015

AO REDOR | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 31,7 x 47 cm | 2015

SUPORTE | Papel e óleo sobre papel Ingres| 48 x 64 cm | 2007

JANUÁRIA DEITADA | Papel e óleo sobre papel Fabriano | 67 x 103 cm | 2008

FLOR DE NOVEMBRO | Papel e óleo sobre papel Fabriano | 67 x 103 cm | 2008

PORTAL | Papel e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2008

PAISAGEM DE HORA CHEIA | Papel, grafite e óleo sobre papel Canson | 2011

BIBLIOTECA | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2007

SUPER 8 | Papel e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2007

TOUR DE FORCE | Papel, carvão, crayon e acrílica sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2018

RETORNADO (Detalhe) | Papel, fio, acrílica, grafite sobre papel Ingres Fabriano | 46 x 33 cm | 2012

OBRA SOBRE PAPÉIS

O ecletismo de formatos e médiuns utilizados por Julio Villani só acentua o fato de que suas obras mantêm relações estreitas entre si. Uma mesma linha, única, os percorre. Traçada a carvão sobre a tela, costurada em lençóis antigos (“desenhos bordados”, diz o artista), retesada por um prumo ou atravessando o espaço quando se transforma em escultura, ela atravessa a totalidade da obra.

A cor às vezes se mistura a linha, às vezes a exclui do plano. Juntas, elas tornam as fronteiras instáveis, põem a criação em movimento, abrem caminho para superposições poéticas.

O papel é seu laboratório principal.

Quer seja escolhido por sua cor (Ingres) ou por seu corpo (Fabriano), por sua transparência (o chinês Fanxuan, o Washi japonês) ou pela aspereza da sua superfície (papel italiano reciclado, pardo e rude), muitas vezes ele é trabalhado em várias folhas justapostas.

Traçada em grafite, articulada em torno de nós, a linha aqui constrói aqui estruturas frágeis e instáveis: puxe-se um fio e o edifício desaba. Obtida pelo corte da tesoura, trabalhada em sobreposições monocromáticas, cria acolá construções etéreas.

E de vez em quando foge do plano, vai erguer os dois lados da folha que a acolhe, formando uma obra sorridente e graciosa, que hesita entre o volume e o plano, entre o desenho e a escultura; um “entre-dois” consubstancial ao trabalho de Villani.

LARGO DO SAPO | Papel e óleo sobre papel Ingres | 43 x 64 cm | 2006

LARGO DO SAPO | Papel e óleo sobre papel Ingres | 43 x 64 cm | 2006

GALOPERA 2 | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 48 x 63 cm | 2016

MATINEE | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres| 31,7 x 24 cm | 2013

ESPINOSA | Papel, grafite e acrílica sobre papel Ingres | 87 x 82,5 cm | 2015

PING PONG | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2013

JARDIM | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 24,5 x 45,5 cm | 2012

SEM TÍTULO | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2013

TENSÃO | Papel, fio | 2012

TENSÃO | Papel e fio | 43 x 64 cm | 2015

AO REDOR | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 31,7 x 47 cm | 2015

SUPORTE | Papel e óleo sobre papel Ingres| 48 x 64 cm | 2007

JANUÁRIA DEITADA | Papel e óleo sobre papel Fabriano | 67 x 103 cm | 2008

FLOR DE NOVEMBRO | Papel e óleo sobre papel Fabriano | 67 x 103 cm | 2008

PORTAL | Papel e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2008

PAISAGEM DE HORA CHEIA | Papel, grafite e óleo sobre papel Canson | 2011

BIBLIOTECA | Papel, grafite e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2007

SUPER 8 | Papel e óleo sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2007

TOUR DE FORCE | Papel, carvão, crayon e acrílica sobre papel Ingres | 48 x 64 cm | 2018

RETORNADO (Detalhe) | Papel, fio, acrílica, grafite sobre papel Ingres Fabriano | 46 x 33 cm | 2012

OBRA SOBRE PAPÉIS

O ecletismo de formatos e médiuns utilizados por Julio Villani só acentua o fato de que suas obras mantêm relações estreitas entre si. Uma mesma linha, única, os percorre. Traçada a carvão sobre a tela, costurada em lençóis antigos (“desenhos bordados”, diz o artista), retesada por um prumo ou atravessando o espaço quando se transforma em escultura, ela atravessa a totalidade da obra.

A cor às vezes se mistura a linha, às vezes a exclui do plano. Juntas, elas tornam as fronteiras instáveis, põem a criação em movimento, abrem caminho para superposições poéticas.

O papel é seu laboratório principal.

Quer seja escolhido por sua cor (Ingres) ou por seu corpo (Fabriano), por sua transparência (o chinês Fanxuan, o Washi japonês) ou pela aspereza da sua superfície (papel italiano reciclado, pardo e rude), muitas vezes ele é trabalhado em várias folhas justapostas.

Traçada em grafite, articulada em torno de nós, a linha aqui constrói aqui estruturas frágeis e instáveis: puxe-se um fio e o edifício desaba. Obtida pelo corte da tesoura, trabalhada em sobreposições monocromáticas, cria acolá construções etéreas.

E de vez em quando foge do plano, vai erguer os dois lados da folha que a acolhe, formando uma obra sorridente e graciosa, que hesita entre o volume e o plano, entre o desenho e a escultura; um “entre-dois” consubstancial ao trabalho de Villani.